domingo, 1 de agosto de 2010

Consumidor deve aprender a reclamar.

A economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Ione Amorim afirma que a falta de especificação nas reclamações catalogadas pelo BC atrapalha a atuação das entidades de defesa do consumidor. “Antes tínhamos quase todas as reclamações especificadas, informação com qualidade, e, agora, a maioria das informações é genérica, o que dificulta até a orientação ao consumidor.”
Na opinião do direto- adjunto de relações com o cliente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), André Luiz Lopes dos Santos, a mudança de regulamentação não alterou em nada a eficiência das instituições no tratamento de problemas de atendimento, já que, desde 2006, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o atendimento bancário está sujeito ao Código de Defesa do Consumidor.
“As resoluções antigas nada mais faziam do que aplicar o CDC em uma época em que ainda se discutia se ele deveria valer para bancos”, afirma Santos. “A nova resolução mantém o foco do BC em questões de regulamentação da atividade bancária, enquanto dirige a solução de questões de atendimento às ouvidorias das instituições e Procons.”
Em fevereiro de 2009, foram registradas 2.337 reclamações relativas a liquidação antecipada de débitos, enquanto em junho de 2010 só 19 foram catalogadas assim.
As queixas a respeito de atendimento, englobadas pela Resolução 2.878, foram 2.189 em fevereiro de 2009, e hoje não existe mais uma categoria específica para esse tipo de serviço, mas não é difícil encontrar insatisfeitos. O estudante Ricardo Oliveira dos Santos disse ter passado por problemas várias vezes. “Já fiquei mais de meia hora em uma fila e, quando chegou a minha vez, o atendente não sabia usar o programa necessário para resolver meu problema”, conta.
O auxiliar administrativo Willyams Francisco queixa-se principalmente da demora. “Dá raiva. Na hora do almoço, que é quando posso ir ao banco, parece que todos os caixas saem juntos para almoçar. Fica muito lento.”

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