sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Clientes da Imbra procuram a Delegacia de Defesa do Consumidor

Cerca de 30 clientes da unidade da Imbra Tratamento Odontológicos em Pernambuco procuraram esta manhã a Delegacia do Consumidor, na Avenida Conde da Boa Vista, no Recife, para prestarem queixas contra a empresa paulista, que fechou as portas ao alegar falência, por conta de uma dívida de R$ 221,7 milhões. A ação deixou até mesmo os funcionários surpresos, por falta de comunicação, o que obrigou os trabalhadores a fecharem as portas por medo da reação dos clientes indignados que chegavam até a unidade da Avenida Conselheiro Aguiar, no Pina.

Uma das pessoas que estiveram na delegacia foi o militar Ramiro Câmara, de 52 anos. Após um implante dentário, realizado no último dia 17, o paciente voltou ao consultório na última quarta-feira (06) para retirar os pontos, mas encontrou as portas fechadas. Como o site da empresa foi retirado do ar e os telefones de atendimento ao consumidor não eram atendidos, a solução foi mesmo prestar a queixa. “Gostaria de conseguir, pelo menos, sustar os demais pagamentos que ainda tenho que fazer nos próximos meses, que virão no meu cartão de crédito, sem que eu tenha recebido o acompanhamento devido”, afirma.

De acordo com o delegado Marcelo Barros, os pacientes foram lesados entre R$ 3 mil e R$ 40 mil, cada, o que surpreendeu os policiais, uma vez que os valores eram necessariamente pagos antes dos tratamentos. “Estamos agora investigando se estamos lidando com um caso de estelionato ou apenas de relação de consumo, uma vez que não houve uma prestação de serviço”, explica.

Os clientes que não chegaram a prestar queixa ou se encontram em cidades do interior do estado, impossibilitados de se locomover à capital, não precisam se preocupar: um inquérito coletivo está sendo instaurado e, em caso de decisão judicial favorável aos pacientes, todos os lesados têm direito ao benefício que pode ser concedido pela Justiça. “Mesmo que apenas uma queixa fosse registrada, já nos seria suficiente para defender que o direito destes cidadãos sejam respeitados, benefiando a todos”, garantiu o delegado.

Não caia em golpes - Desconfie de ofertas que parecem milagrosas, especialmente de novas empresas. Cerca de 90% dos casos de vítimas de estelionato ocorrem com alguém que acreditava estar tirando grande vantagem de uma relação de consume. Questione a venda casada, em que produtos e tratamentos são necessariamente ‘combinados’ e que têm pagamentos anteriores ou com prazos condicionados ao término do tratamento. Antes de fechar contrato, sempre busque referências e o histórico da empresa para se assegurar que há um comprometimento que ofereça segurança ao consumidor.

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